IGUALDADE DE GÉNERO IMPLICA QUE TODOS OS SERES HUMANOS, SEJAM LIVRES PARA DESENVOLVER AS SUAS CAPACIDADES PESSOAIS E FAZER ESCOLHAS SEM AS LIMITAÇÕES IMPOSTAS PELOS ESTEREÓTIPOS.

imprópria mostra de cinema de igualdade de género
São Miguel
21-27 OUT 2022
Santa Maria
17 NOV 2022
Terceira
9-10 DEZ 2022

A IMPRÓPRIA é uma mostra de cinema de igualdade de género e assume-se como um evento cultural, de intervenção social, e de cariz colaborativo, que ambiciona influenciar e educar um público heterogéneo quanto à idade e ao nível sociocultural para a igualdade de género. 

Queremos desafiar o conservadorismo e revelar os Açores contemporâneos, interessados em dinâmicas culturais inovadoras através da exibição de curtas-metragens e filmes com respetiva discussão do tema com o público.

O propósito da Mostra é trazer à tona o tema da Igualdade de Género e a luta contra os preconceitos e estéreo pos sociais. É nosso entendimento que a exibição cinematográfica é um meio eficaz de expor e debater estes tópicos, tanto pela facilidade com que este meio chega ao espectador, como pela possibilidade de discussão subsequente.

Esperamos estimular, junto do grande público, a sua discussão partindo da exposição cinematográfica. Temos a intenção de salientar o cinema de cariz feminista através da exibição de filmes de ficção, documentários ou experimentais.

Numa altura em que há um esforço no mundo das artes para acabar com a disparidade de géneros, queremos ser o esteio na ilha e no país para a expressividade e criação artística onde o feminino e o masculino tenham igual representação.

PRoGRaMa

21-ouT

HOMENAGEM JUDITE CANHA FERNANDES
21h00 - Teatro Micaelense, Ponta Delgada, São Miguel
CURTAS - SESSÃO 1 (+14)
1 - I Love Hooligans (12’, 2013, Holanda/Bélgica, Jan-Dirk Bouw)
2 - Diagrama do útero (6´, 2014, Brasil, Bianca Rêgo)
3 - On ne tue jamais par amour (15’, 2021, França, Manon Testud)
4 - The Dancer and the Crow (4´,2014, Canadá, Iris Moore) 
5 - The Goat (12´, 2014, África do Sul, John Trengove)
6 - Revivification: Art, activism and politics in Ukraine (28´, 2018, Reino Unido, Juliet Jacques)
7 - Carne (12´, 2019, Brasil, Camila Kater

22-ouT

HOMENAGEM FERNANDA MENDES 
21h00 - Teatro Micaelense, Ponta Delgada, São Miguel
CURTAS - SESSÃO 2 (+14)
1 - Dancing with Style (17´, 2012, Holanda, Xander de Boer) 
2 - Chelsea Manning Had Secrets (6’, 2022, Reino Unido, Adam Butcher)
3 - Cage of Curves (3´, 2016, Reino Unido, Liberty Antonia Sadler)
4 - Anima X Animus (3’, 2018, EUA, Frances Chen & Dorian Tocker)
5 - Corps en Construction  (4´, 2019, França, Elora Bertrand)
6 - Masculinities (5´, 2020, Reino Unido, Bunny Kinney) 
7 - Menina (15’, 2016, Portugal, Simão Cayatte)
8 - I’m a Fighter (3´, 2019, Portugal, Tiago Xavier) 
9 - Purple Boy (14´, 2019, Portugal / França / Bélgica, Alexandre Siqueira) 
10 - La Vidéoclip (14´, 2020, Canadá, Camille Poirier) 
11 - Princess (8´, 2021, EUA, Jason Vu & B Goose

17-NOV

CURTAS - SESSÃO 3 (+14)
21h00 - Atlântida Cine, Vila do Porto, Santa Maria
1 - Diagrama do Útero  (6´, 2014, Brasil, Bianca Rêgo)
2 - I Love Hooligans (12’, 2013, Holanda/Bélgica, Jan-Dirk Bouw)
3 - The Dancer and the Crow (4´,2014, Canadá, Iris Moore) 
4 - Cage of Curves (3´, 2016, Reino Unido, Liberty Antonia Sadler)
5 - Dancing with Style (17´, 2012, Holanda, Xander de Boer) 
6 - Masculinities (5´, 2020, Reino Unido, Bunny Kinney) 
7 - Menina (15’, 2016, Portugal, Simão Cayatte)
8 - I’m a Fighter (3´, 2019, Portugal, Tiago Xavier) 
9 - Purple Boy (14´, 2019, Portugal / França / Bélgica, Alexandre Siqueira) 
10 - Carne (12´, 2019, Brasil, Camila Kater

10-DEZ

CURTAS - SESSÃO 4 (+14)
21h00 - Cine-Clube Terceira, Angra do Heroísmo, Terceira
1 - Diagrama do Útero  (6´, 2014, Brasil, Bianca Rêgo)
2 - I Love Hooligans (12’, 2013, Holanda/Bélgica, Jan-Dirk Bouw)
3 - The Dancer and the Crow (4´,2014, Canadá, Iris Moore) 
4 - Cage of Curves (3´, 2016, Reino Unido, Liberty Antonia Sadler)
5 - Dancing with Style (17´, 2012, Holanda, Xander de Boer) 
6 - Masculinities (5´, 2020, Reino Unido, Bunny Kinney) 
7 - Menina (15’, 2016, Portugal, Simão Cayatte)
8 - I’m a Fighter (3´, 2019, Portugal, Tiago Xavier) 
9 - Purple Boy (14´, 2019, Portugal / França / Bélgica, Alexandre Siqueira) 
10 - Carne (12´, 2019, Brasil, Camila Kater)

FiLMeS

SESSÃO 1

21 Outubro - São Miguel
"I Love Hooligans"
Jan-Dirk Bouw

"I Love Hooligans"
Jan-Dirk Bouw

(12’, 2013, Holanda/Bélgica)

Um hooligan de futebol nutre amor incondicional pelo seu clube. No entanto, sendo gay, tem de esconder a sua identidade para sobreviver num mundo que lhe é tão precioso.

"Diagrama do útero"
Bianca Rêgo

"Diagrama do útero"
Bianca Rêgo

(6´, 2014, Brasil)

Um documentário poético, constituído por imagens de arquivo, que propõe reflexões sobre a nossa sociedade, sobre a própria mulher e suas indecisões, sobre como se encaixar ou escapar aos rótulos que nos perseguem desde o “É uma menina”, dito pelo doutor.

"On ne tue jamais par amour"
Manon Testud

"On ne tue jamais par amour"
Manon Testud

(15’, 2021, França)

Elas encontram-se no escuro da noite. Mulheres, irmãs, amigas: um grupo feminista reunindo para deixar escritos nas paredes de Montreal. O seu desafio: conscientizar para acabar com as violências sistêmicas sofridas por mulheres e minorias. Colagens simples para uma mensagem forte: os feminicídios devem parar!

"The Dancer and the Crow"
Iris Moore

"The Dancer and the Crow"
Iris Moore

(4´,2014, Canadá)

Quem somos por fora nem sempre representa quem somos por dentro. Quando um homem olha mais de perto para o seu eu interior, ele descobre a beleza que esteve a esconder ao mundo. Ele decide parar de se esconder e abraçar quem ele realmente é.

"The Goat"
John Trengove

"The Goat"
John Trengove

(12´, 2014, África do Sul)

Um adolescente Xhosa recupera-se numa cabana na montanha após um ritual de circuncisão. Chega a notícia de que seus mais velhos não virão cuidar dele, mas nenhuma razão é dada. Com nada além de sua dor crescente e seu irmão mais novo como companhia, o pânico transforma-se em desespero.

"Revivification: Art, activism and politics in Ukraine"
Juliet Jacques

"Revivification: Art, activism and politics in Ukraine"
Juliet Jacques

(28´, 2018, Reino Unido)

Um documentário sobre artistas contemporâneos na Ucrânia que, inspirados em ideais radicais, assim como pela teoria queer e feminista, trabalham no contexto social após a Euromaidan de 2014, olhando para o passado socialista do país e tentando construir um futuro mais utópico.

"Carne"
Camila Kater

"Carne"
Camila Kater

(12´, 2019, Brasil)

Crua, Mal Passada, Ao Ponto, Passada e Bem Passada. Cinco mulheres partilham experiências íntimas e pessoais sobre a sua relação com o próprio corpo desde a infância até a terceira idade.

SESSÃO 2

22 Outubro - São Miguel
"Dancing with Style"
Xander de Boer

"Dancing with Style"
Xander de Boer

(17´, 2012, Holanda)

Eugène, de catorze anos, dança desde os seis. Embora sofra bullying na escola por causa de seu hobby, ele não deixa que o coloquem fora de ritmo. Conseguirá Eugène convencer os seus colegas de escola de que a dança de salão não é uma tolice? 

"Chelsea Manning Had Secrets"
Adam Butcher

"Chelsea Manning Had Secrets"
Adam Butcher

(6’, 2022, Reino Unido)

Chelsea Manning, não como uma 'hacktivista' do Wikileaks, mas como um jovem soldado americano a braços, simultaneamente, com uma crise de consciência e uma crise de identidade de género.

"Cage of Curves"
Liberty Antonia Sadler

"Cage of Curves"
Liberty Antonia Sadler

(3´, 2016, Reino Unido)

Um poema corporal positivo, mergulhando no poder da figura feminina e rejeitando dogmas de hierarquias estéticas no caminho para a aceitação da fisicalidade pessoal.

"Anima x Animus"
Bunny Kinney

"Anima x Animus"
Bunny Kinney

(5´, 2020, Reino Unido)

"O conceito era simples: criar um documento vivo de 'masculinidade agora' personificado por um conjunto vibrante de indivíduos", diz Kinney, que entrevistou 16 pessoas cujas identidades abrangem o espectro da masculinidade. "Cada pessoa apresentada tem uma relação diferente com o seu próprio sentido de masculinidade e o que isso significa para elas."

"Corps en Construction"
Elora Bertrand

"Corps en Construction"
Elora Bertrand

(4´, 2019, França)

Um manifesto sobre os corpos trans, a sua beleza, glória e capacidade de evoluir.

"Masculinities"
Bunny Kinney

"Masculinities"
Bunny Kinney

(5´, 2020, Reino Unido)

"O conceito era simples: criar um documento vivo de 'masculinidade agora' personificado por um conjunto vibrante de indivíduos", diz Kinney, que entrevistou 16 pessoas cujas identidades abrangem o espectro da masculinidade. "Cada pessoa apresentada tem uma relação diferente com o seu próprio sentido de masculinidade e o que isso significa para elas."

"Menina"
Simão Cayatte

"Menina"
Simão Cayatte

(15’, 2016, Portugal)

Lisboa, 1971. Uma jovem “mulher do lar” ganha coragem e descobre uma realidade que mudará a sua vida.

"I’m a Fighter"
Tiago Xavier

"I’m a Fighter"
Tiago Xavier

(3´, 2019, Portugal)

Um retrato da viagem de Joana Alves, uma jovem atleta portuguesa que persegue os seus sonhos com sacrifício e socos.

"Purple Boy"
Alexandre Siqueira

"Purple Boy"
Alexandre Siqueira

(14´, 2019, Portugal / França / Bélgica)

Oscar é uma criança que germe na horta dos seus pais. Ninguém sabe o seu sexo biológico, mas ele reivindica o género masculino. Um dia, Oscar vive uma extraordinária mas dolorosa aventura num mundo autoritário e opressivo. Conseguirá ele ter o reconhecimento de identidade que tanto deseja?

"La Vidéoclip"
Camille Poirier

"La Vidéoclip"
Camille Poirier

(14´, 2020, Canadá)

A fim de entrar no videoclip do seu irmão mais velho, Clara, uma menina de 13 anos com visual de rapaz, aceita fazer uma mudança radical de estilo. Essa transformação permite-lhe observar as diferenças do seu relacionamento com os amigos do irmão.

"Princess"
Jason Vu & B Goose

"Princess"
Jason Vu & B Goose

(8´, 2021, EUA)

Um retrato do dançarino vietnamita-americano não-binário Jason Vu, enquanto revisita memórias de desejo da sua infância.

SESSÃO 3 / 4

17 Novembro - Santa Maria / 10 Dezembro - Terceira
"Diagrama do útero"
Bianca Rêgo

"Diagrama do útero"
Bianca Rêgo

(6´, 2014, Brasil)

Um documentário poético, constituído por imagens de arquivo, que propõe reflexões sobre a nossa sociedade, sobre a própria mulher e suas indecisões, sobre como se encaixar ou escapar aos rótulos que nos perseguem desde o “É uma menina”, dito pelo doutor.

 

"I Love Hooligans"
Jan-Dirk Bouw

"I Love Hooligans"
Jan-Dirk Bouw

(12’, 2013, Holanda/Bélgica)

Um hooligan de futebol nutre amor incondicional pelo seu clube. No entanto, sendo gay, tem de esconder a sua identidade para sobreviver num mundo que lhe é tão precioso.

 

"The Dancer and the Crow"
Iris Moore

"The Dancer and the Crow"
Iris Moore

(4´,2014, Canadá)

Quem somos por fora nem sempre representa quem somos por dentro. Quando um homem olha mais de perto para o seu eu interior, ele descobre a beleza que esteve a esconder ao mundo. Ele decide parar de se esconder e abraçar quem ele realmente é.

 

"Cage of Curves"
Liberty Antonia Sadler

"Cage of Curves"
Liberty Antonia Sadler

(3´, 2016, Reino Unido)

Um poema corporal positivo, mergulhando no poder da figura feminina e rejeitando dogmas de hierarquias estéticas no caminho para a aceitação da fisicalidade pessoal.

 

"Masculinities"
Bunny Kinney

"Masculinities"
Bunny Kinney

(5´, 2020, Reino Unido)

"O conceito era simples: criar um documento vivo de 'masculinidade agora' personificado por um conjunto vibrante de indivíduos", diz Kinney, que entrevistou 16 pessoas cujas identidades abrangem o espectro da masculinidade. "Cada pessoa apresentada tem uma relação diferente com o seu próprio sentido de masculinidade e o que isso significa para elas."

"Menina"
Simão Cayatte

"Menina"
Simão Cayatte

(15’, 2016, Portugal)

Lisboa, 1971. Uma jovem “mulher do lar” ganha coragem e descobre uma realidade que mudará a sua vida.

"I’m a Fighter"
Tiago Xavier

"I’m a Fighter"
Tiago Xavier

(3´, 2019, Portugal)

Um retrato da viagem de Joana Alves, uma jovem atleta portuguesa que persegue os seus sonhos com sacrifício e socos.

"Purple Boy"
Alexandre Siqueira

"Purple Boy"
Alexandre Siqueira

(14´, 2019, Portugal / França / Bélgica)

Oscar é uma criança que germe na horta dos seus pais. Ninguém sabe o seu sexo biológico, mas ele reivindica o género masculino. Um dia, Oscar vive uma extraordinária mas dolorosa aventura num mundo autoritário e opressivo. Conseguirá ele ter o reconhecimento de identidade que tanto deseja?

"Carne"
Camila Kater

"Carne"
Camila Kater

(12´, 2019, Brasil)

Crua, Mal Passada, Ao Ponto, Passada e Bem Passada. Cinco mulheres partilham experiências íntimas e pessoais sobre a sua relação com o próprio corpo desde a infância até a terceira idade.

HoMeNaGeaDxS

JUDITE CANHA FERNANDES

(2022)

 Judite Canha Fernandes nasceu no Funchal em 1971 e aos oito anos foi viver para os Açores. Neste momento, reside em Lisboa. É doutorada em Ciência da Informação, licenciada em Ciências do Meio Aquático e pós-graduada em Biblioteca e Arquivo. Foi gestora de projetos internacionais, premiada pela Comissão Europeia, professora convidada na Universidade dos Açores, criadora da vertente documental do Centro de Informação CIPA, e oradora convidada em palestras em várias regiões do mundo. Entre 2011 e 2016, foi representante da Europa no Comité Internacional da Marcha Mundial das Mulheres entre 2011 e 2016.

Em 2015, deixou o percurso profissional anterior para dedicar-se à escrita, desejo que vinha a adiar desde a infância. Publicou poesia, ficção (romance e conto) e teatro e conta já com vários prémios e menções honrosas.

Os seus textos, em criação ou cocriação, estiveram em cena na Casa da Música, Fábrica das Artes – Centro Cultural de Belém, A Comuna - Teatro de Pesquisa, Teatro Dona Maria II, Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, Teatro Municipal de Bragança, entre outros. Publicada em diversas antologias, tem publicações em revistas literárias no Brasil, Itália, Espanha e Portugal, e tem poesia traduzida em Espanhol, Francês, Italiano e Inglês

FERNANDA MENDES

(2022)

Nasceu a 15 de janeiro de 1947, em Canelas, concelho de Arouca, Distrito de Aveiro. Emigrou com a família para o Brasil, em fevereiro de 1953. Regressou a Portugal, sem a família, em setembro de 1965, para ingressar na Universidade, concluindo o curso de Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, 1973.

Desenvolveu a sua atividade profissional em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, a partir de 1985, tendo assumido um papel ativo na sociedade, com diversos cargos políticos: deputada da Assembleia Legislativa Regional, presidente de comissões parlamentares, Secretária Regional dos Assuntos Sociais.

Ligada à área da psiquiatria, foi Diretora deste serviço, nos anos 90, no Hospital de Ponta Delgada, do qual também foi Presidente do Conselho de Administração. Colaborou com a Direção Regional de Saúde, na “Formação em Exercício dos Clínicos Gerais/Médicos de Família”, nas áreas da Psiquiatria / Saúde Mental, Sexologia, Toxicodependências e Sida. Acredita ter sido a primeira mulher, em Portugal, a trabalhar em terapia sexual, no âmbito da Sexologia Clínica.

Participou em diversas obras, publicações, artigos científicos e programas de televisão dedicados à psiquiatria, saúde mental, sexologia e planeamento familiar. Destaque para a publicação dos livros Sexualidade Redonda e Circular, novembro de 2014 e Fios Tecidos ao Vento, 2018 da Letras Lavadas edições. De março de 2018 a fevereiro de 2020, colaborou com a RTP1 com a rubrica mensal “Sexualidade e Afetos”, no programa matinal “Praça da Alegria”.

MIGUEL VALE DE ALMEIDA

(2021)

Miguel Vale de Almeida nasceu em Lisboa em 1960. Doutorado em Antropologia, é professor catedrático no ISCTE-IUL e investigador do CRIA, onde dirigiu, até 2015, a revista “Etnográfica”. A sua pesquisa – com trabalho de campo em Portugal, Brasil, Espanha e Israel/Palestina - tem versado questões de género e sexualidade, bem como etnicidade, “raça” e pós-colonialismo. Tem vários livros publicados em Portugal e no estrangeiro, destacando-se “Senhores de Si: Uma Interpretação Antropológica da Masculinidade”, “Um Mar da Cor da Terra: ‘Raça’, Cultura e Política da Identidade”, “Outros Destinos: Ensaios de Antropologia e Cidadania”, “A Chave do Armário. Homossexualidade, casamento, família”, sendo o mais recente “Aliyah. Estado e Subjetividade entre Judeus Brasileiros em Israel/Palestina”. Além de cronista, escritor e blogger, tem sido activista dos direitos LGBT e foi eleito Deputado à Assembleia da República em 2009, tendo estado envolvido na aprovação do casamento igualitário.

MARIA SIMÕES

(2021)

Nasceu em 1976, em Aveiro. Neta do Alentejo e da Beira Litoral. Estudou Psicologia (Coimbra e Açores) e frequentou o Master em Criatividade e Inovação (Santiago de Compostela, Galiza). Recebeu Prémios em teatro (labjovem – teatro), em cinema documentário (“Primeiro Olhar” Viana do Castelo, selecção DocLisboa e Curtas de Vila do Conde) e 3 Bolsas de Criação Artística (dramaturgia) pelo Governo dos Açores.

Chama-se a si própria brincóloga ou multiartista. É palhaça, encenadora, actriz, educadora e activista cultural. Iniciou a viagem teatral em 1989 e trabalha profissionalmente, desde 1994, nas artes de palco. Junto com outras ARTivistas, fundou a Descalças cooperativa cultural, em 2006, nos Açores onde residiu durante 10 anos. Foi também aí que aprendeu a chamar à justiça “igualdade de género” e pariu o Bolina - festival internacional de palhaças. Cresceu no feminismo pela mão da UMAR-Açores. Colaborou com a Marcha Mundial de Mulheres. Viajou um ano pela América do Sul enquanto voluntária, educadora, palhaça e artista.

Durante a pandemia de 2020, fez-se Empresária em Nome Individual e criou a marca Maria d’Alegria – que é também o nome da bisavó do seu bisavô - e o projecto com que actualmente sorri todos os dias ao acordar. Programa culturalmente a Terra d’Amor Humor (meio hectare na Quinta das Avelãs, Portagem – Marvão) e a Casa Maria d’Alegria em Castelo de Vide.

ZURAIDA
SOARES

(2020)

Zuraida Soares (1952-2020), licenciada em Filosofia, formou-se posteriormente em Ciências da Educação e pós-graduou-se em Filosofia Contemporânea e Filosofia Medieval. Foi professora do ensino secundário durante 23 anos e em 1998 veio para os Açores dar aulas na Universidade dos Açores. Foi uma das fundadoras do Bloco de Esquerda, em 1999 e desempenhou a função de coordenadora da delegação Açores deste partido durante 12 anos. Foi um dos rostos centrais da luta pela despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez nos Açores, deputada da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores de 2008 a 2018 e diretora do Centro Comunitário de Apoio ao Imigrante da Cresaçor. Pugnou contra o conservadorismo, pela transparência da coisa pública, pelo desenvolvimento assente no conhecimento e sempre pela cultura, como pilar de uma sociedade melhor.

ROSA
SIMAS

(2020)

Rosa Simas, natural da ilha do Pico foi criada na Califórnia (EUA) onde estudou e se doutorou em Literatura Comparada. Durante os movimentos dos anos 70 despertou para as questões de Género e do Ambiente enquanto vivia a experiência da migração nos Estados Unidos. Foi professora no Departamento de Línguas e Literaturas Modernas da Universidade dos Açores e investigadora do Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da mesma Universidade e da Universidade Nova de Lisboa. Publicou trabalhos sobre Estudos Comparados e temáticas relacionadas com Estudos Culturais e de Género, a Mulher, a Migração, o Ensino, a Língua, a Tradução e o Ambiente. É coordenadora da página mensal “Nas Asas da Igualdade” sobre questões de género no jornal Açoriano Oriental desde 2007.

CLARISSE CANHA

(2019)

Nascida em 1947, no Funchal, reside nos Açores desde 1980, é mãe de 3 filhas.
Incluiu, desde sempre, na sua acção, o empenho na defesa dos direitos das mulheres e da promoção da igualdade entre mulheres e homens. É sócia da UMAR, desde a sua fundação, em 1976. Assume e incorpora na sua acção corrente a perspectiva feminista. A partir dos finais de 1980, tem vindo a dedicar-se ao desenvolvimento e organização da UMAR nos Açores. Faz parte da direcção nacional desta associação e da Delegação Regional da UMAR Açores. Tem participado em movimentos e causas das mulheres, tais como: o Movimento pela Despenalização do Aborto em Portugal nomeadamente no Referendo em 1998 e mais recentemente em 2007 foi Mandatária Regional do Movimento Cidadania e Responsabilidade pelo Sim. Feminista de convicção, pensamento e ação, desenvolve ativismo no campo da igualdade e dos feminismos, assim como no campo LGBT, com trabalho na génese de linhas de ação e projetos, nomeadamente o projeto SOS Mulher, criado em 1997; As Mulheres na Pesca e comunidades piscatórias, 2005 – 2009; Participação 

em organizações de cariz transnacional, em plataformas como a Marcha Mundial da Mulheres, desde 2000; AKTEA Rede europeia de organizações de mulheres na pesca e o Conselho consultivo CCR Sul. Como formação académica possui o 9o ano de escolaridade. Como Formação Complementar, participou como formanda em diferentes cursos de formação: Formação Profissional diversificada, Pedagógica e da Igualdade de Género.

RAQUEL FREIRE

(2019)

Nasceu no Porto e é filha da revolução de Abril. É cineasta, escritora, argumentista, produtora, cidadã e mãe. Estudou Direito e História e Estética do Cinema Português na Universidade de Coimbra. Os filmes “Rio Vermelho”, “Rasganço”, “Veneno Cura”, “SOS”, “Esta é a minha cara: criadores de teatro”, “L’Academie”, “Dreamocracy” estrearam em competição em Festivais Internacionais Cinema como Veneza, Turim, São Paulo, Montreal, Gwanju, Leeds, Seul, Clermont-Ferrand, Quénia, Vila do Conde, Porto PosDoc, Sweden Film Festival, entre outros. Foi distinguida no Festival de Cannes pela European Film Foundation como jovem produtora europeia. Estreou-se na encenação com o espectáculo NóSOUTRXS, do qual foi criadora e intérprete no Teatro Municipal São Luiz. Os seus livros TRANSIBERICLOVE e ULISSEIA foram publicados em português em 2015, 2016 e alemão em 2017 na Feira Internacional do Livro de Frankfurt. É professora convidada de várias universidades portuguesas e estrangeiras nas áreas de cinema, interpretação para a câmara, realização, estudos de género, arte e ciência política. Foi artista convidada do Projecto ALICE /CES /Universidade Coimbra, realizou “Pela mão de Alice”, documentário sobre Boaventura de Sousa Santos que estreou em Festivais em 2018. Estreou o filme “Happy Island”, com La Ribot e Dançando com a Diferença no Festival de Geneve, 2018. Vai estrear em 2019 o filme “Mulheres do meu país”, prepara o documentário “A Excepção Portuguesa”, “Feministas na revolução”, e a curta “Não”. Ganhou o concurso do CNC (Centre National du Cinéma Français) para apoio à escrita da longa de ficção Trans Iberic Love. Terminou agora a sua 3a longa- metragem de ficção “Filme Sem Câmara”.

CLARA QUEIROZ

(2019)

Maria Clara de Almeida de Barros Queiroz, Comendadora da Ordem da Liberdade, viveu entre Lisboa, Edimburgo, Londres, Maputo e Ponta Delgada cidade onde reside atualmente. Licenciou-se em Biologia em 1964 e foi 2a Assistente na Secção de Botânica da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, tendo sido obrigada a sair por informação negativa da PIDE. Neste período doutorou-se em Genética e foi Research Fellow na Universidade de Edimburgo e em 1975 foi reintegrada na FCUL, onde fundou e coordenou a Secção de Genética e Dinâmica de Populações, responsabilizou- se pela Linha de Investigação “Genética Ambiencial” e pelo Centro de Genética e Biologia Molecular da Universidade de Lisboa. Em 2000, aposentou-se como Professora Catedrática, cargo que ocupou desde 1979, mantendo-se investigadora do Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa. Outra faceta desta feminista é a escrita e a dedicação aos assuntos sociais. É sócia da Associação Portuguesa de Estudos sobre as Mulheres (APEM), autora de livros, como p. ex., Se Não Puder Dançar Esta Não É a Minha Revolução, sobre Emma Goldman, e Quem Tem Medo de Frankenstein? Viagem ao Mundo de Mary Shelley, além de vários artigos e capítulos de livros sobre ciência e género e ciência e sociedade. 

SoCiaL

Um programa de intervenção social e comunitária que leva o debate a outros públicos
24-OUT

10H30 - Escola Profissional EPROSEC, Arrifes
CURTAS - SESSÃO (+14)

Conversa

25-OUT

10H30 - Escola Básica e Integrada da Maia, Ribeira Grande
CURTAS - SESSÃO (+14)
Conversa

26-OUT

18H30 - Escola Básica e Integrada de Água de Pau, Lagoa
CURTAS - SESSÃO (+14)
Conversa

27-OUT

14H30 - Cine Teatro-Miramar com a Escola Profissional das Ribeira Grande, Rabo de Peixe
CURTAS - SESSÃO (+14)
Conversa

09-DEZ

10H30 - Auditório da Escola Básica Tomás Borba com a Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo
CURTAS - SESSÃO (+14)

Conversa

WORKSHOPS

Para além do cinema, a Imprópria apresenta uma programação paralela de atividades que repensam o tema da igualdade de género, levando a uma partilha e reflexão através de workshops mais direcionados
19-OUT

20H45, RTP Açores - Especial Informação “Igualdade de Género"

21-OUT

18H00, Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada
Conversa com a escritora Judite Canha Fernandes | "Não sei como falar das guerras"
Gratuito (+14)

Sinopse
Nesta conversa, dirigida pela escritora, dramaturga e ativista Judite Canha Fernandes, o ponto de partida é a viagem interior de uma mulher na sua passagem por lugares que destroem e constroem as visões que temos deste mundo. 
Nas palavras da escritora: "em 2010, quando voltei do Congo, estive meses sem conseguir contar o que tinha sentido, o que tinha visto e escutado. As centenas de relatos de estupros, os ecos dos corpos esventrados. Também não conseguia relatar os risos, as ruas por alcatroar, a realidade interminável da guerra, ou o longo voo sobre a floresta, o rio Congo serpenteando brilhante ao fundo. Rememorava constantemente os olhares incólumes com que me cruzei, límpidos, pedindo-me o respeito do silêncio e a coragem de não exibi-los. Agora, tentarei falar sobre isso".
Que impacto têm as guerras nas mulheres?
Como mudamos as nossas visões do mundo?
Até que ponto devemos falar ou silenciar-nos dos acontecimentos que nos marcam?

Estas são algumas das questões a levantar numa conversa com o foco no respeito pela diferença, numa luta por um mundo mais justo.

22-OUT

16H00, Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada
Conversa com a Sexóloga Fernanda Mendes | Direitos Sexuais e Reprodutivos: a interrupção voluntária da gravidez  (IVG) e as “novas-velhas” questões de saúde da mulher
Gratuito (+14)

Sinopse:
Nesta conversa, dirigida pela psiquiatra e sexóloga Fernanda Mendes, serão abordados temas que permitirão identificar o progresso dos direitos na área da sexualidade feminina, mas também alguns retrocessos ou ameaças, bem como o que ainda há por fazer no campo das liberdades sexuais da mulher.
Será que um direito consignado, é um direito garantido?
Existem novos direitos a emergir ou o reconhecimento, de facto, de problemas específicos de saúde da mulher?

Estas são algumas das questões a levantar num debate que se deseja partilhado e aberto, com o público em geral, tendo como premissa o desenvolvimento da sociedade de uma forma justa e igualitária.

22-OUT

17H30-19H00, Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada
Workshop com Roy Galán (ESP) - “Homens mãos de tesoura: a masculinidade que magoa”
Público-alvo: homens
Repensar as masculinidades de maneira coletiva, com base em exemplos do cinema
Gratuito (+16)
Inscrições limitadas para: 
mostra.impropria@gmail.com


Sinopse:
Partindo do filme “Eduardo Mãos de Tesoura” de Tim Burton, Roy Galán apresenta um workshop que pretende repensar as masculinidades de uma forma coletiva, recorrendo a exemplos do cinema. Tal como Eduardo, personagem principal do filme, muitos homens assumem que a sua grande ferramenta é a mão, como algo que corta, como tentativa de demonstrar uma certa força e superioridade. Neste workshop, Roy Galán apresenta novas funções para as mãos, como uma ferramenta de união, aproximação, de ternura e de agir sem medo.

24-OUT

14H30, Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada
Workshop com Roy Galán (ESP) - “Homens mãos de tesoura: a masculinidade que magoa”
Público-alvo: Jovens
Repensar as masculinidades de maneira coletiva, com base em exemplos do cinema
Gratuito (+14)
Parceria: Associação de Promoção de Públicos Jovens "APPJ" 

24-OUT

20H45, RTP Açores - Documentário “Tudo o que queiramos” (PT, 22')
Um documentário com produção imprópria e realização Diogo Lima

Sinopse:
É um documentário breve sobre a IMPRÓPRIA - Mostra de Cinema de Igualdade de Género, que decorre anualmente nos Açores. Percorrendo registos da edição de 2020 e depoimentos de figuras próximas ao certame, procura explorar as suas raízes e refletir sobre os motivos pelos quais continua a ser urgente lutar pela igualdade de género no arquipélago com um especial enfoque na sua componente de intervenção social.

10-DEZ

15H00 - Workshop Masculinidades com Roy Galán (ESP)
Local: Casa do Sal, Angra do Heroísmo
Workshop com Roy Galán (ESP) - “Homens mãos de tesoura: a masculinidade que magoa
Repensar as masculinidades de maneira coletiva, com base em exemplos do cinema

Público-alvo: homens
Gratuito (+16)
Inscrições limitadas para: 
mostra.impropria@gmail.com

Sinopse:
Partindo do filme “Eduardo Mãos de Tesoura” de Tim Burton, Roy Galán apresenta um workshop que pretende repensar as masculinidades de uma forma coletiva, recorrendo a exemplos do cinema. Tal como Eduardo, personagem principal do filme, muitos homens assumem que a sua grande ferramenta é a mão, como algo que corta, como tentativa de demonstrar uma certa força e superioridade. Neste workshop, Roy Galán apresenta novas funções para as mãos, como uma ferramenta de união, aproximação, de ternura e de agir sem medo.

eDiÇõeS
aNTeRioReS

2021

Na 3ª edição, a Imprópria reforçou o seu programa de intervenção social e comunitário. Promoveu extensões da mostra na ilha de Santa Maria, ilha Terceira e Porto. 

2020

A Mostra IMPRÓPRIA está Inserida no âmbito das comemorações do Dia Municipal para a Igualdade de Género, apresenta curtas e longas metragens espalhadas pelas ilhas, havendo espaço para conversas, homenagens, programa de intervenção social, workshops e exposições de fotografia ligadas à temática. Sendo a única mostra de cinema do país dedicada inteiramente a esta luta social e comunitária já promoveu extensões da mostra em várias ilhas do arquipélago.

2019

A 1ª edição da IMPRÓPRIA decorreu na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada entre 23 e 25 de Outubro de 2019. Inserida no âmbito das comemorações do Dia Municipal para a Igualdade de Género, a IMPRÓPRIA apresentou 10 curtas e duas longas metragens, havendo espaço para uma conversa, um concerto e três homenagens.

EQUIPA